segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Fama e sucesso não são sinônimos de realização


Rádio Vaticano
O Cardeal secretário de Estado, Tarcísio Bertone, enviou uma mensagem em nome de Bento XVI, ao Bispo de Rimini, Dom Francesco Lambiasi, na abertura do Encontro para a Amizade entre os Povos. Trata-se da 24ª edição deste encontro, que começou neste domingo, 24, e vai até o dia 30, na cidade do nordeste italiano. O título do encontro deste ano é: "Ou protagonista, ou ninguém!"Na mensagem enviada, o Papa destaca que,"a sociedade atual, na qual a mídia desempenha papel central, é dominada pelo modelo do sucesso e da notoriedade pessoal a todo custo, valores que são oferecidos principalmente às novas gerações. A sociedade e a cultura nas quais somos imersos, e nas quais a mídia tem o papel de amplificador, são dominadas pela convicção de que a notoriedade seja um componente essencial da própria realização pessoal"."O objetivo de grande parte das pessoas é sair do anonimato, conseguir se destacar publicamente, através de qualquer meio ou pretexto. O poder político ou econômico, o prestígio na própria profissão, a riqueza exibida, a repercussão das próprias realizações, a ostentação até o excesso... tudo isso é considerado como "sucesso", como "triunfo", denuncia o Papa. "Esse é o motivo pelo qual as novas gerações apostam sempre mais em profissões e carreiras que podem levar à ribalta, a um palco que lhes consinta "aparecer", "sentir-se alguém". Seu ideal são atores de cinema, personagens e estrelas da TV e do mundo do espetáculo, atletas, jogadores de futebol, etc.", afirma Bento XVI. "Todavia, muitos deles, a grande maioria, os pertencentes a faixas sociais desfavorecidas, são excluídos desta perspectiva. O que será deles, de sua esperança de felicidade?", pergunta o Papa, que responde citando o exemplo e o modelo de São Paulo, para quem este ano, foi especialmente dedicado como ano jubilar."A existência de São Paulo", lê-se no texto, "esteve bem distante dos refletores e dos aplausos públicos. Quando morreu, a Igreja pela qual havia contribuído na difusão, era ainda uma pequena semente, um grupo que as autoridades do Império Romano subestimavam e desprezavam. Toda a existência de Paulo foi marcada por obstáculos, hostilidades e riscos, e não por consolações e glórias; mas a vida de Paulo foi plenamente recompensada pelo aumento de seu amor a Cristo, por seu encontro com Deus".O Papa termina sua mensagem lembrando que "somente Cristo pode desvendar ao homem sua verdadeira dignidade e comunicar-lhe o autêntico sentido de sua existência. Quando o fiel O segue, docilmente, deixa um sinal, seu "rastro" duradouro na história. É o sinal do Amor, do qual se tornou testemunho, porque foi presa do Amor. Concluindo: "aquilo que foi possível para São Paulo, é possível para cada um de nós".

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